Qualquer empresa, em todos os segmentos, sobrevive do lucro, este é o objetivo final de qualquer negócio. Mas para atingir esse objetivo existe um caminho árduo que só quem faz essa trilha diariamente conhece os obstáculos. Aliás, o caminho é mais importante, pois nele vão acumulando aprendizados e o resultado passa a ser consequência.
Para as empresas do setor de saúde não é diferente. É preciso entender do mercado, atender a legislação, gerir as equipes de forma proativa e principalmente, fazer uma gestão financeira eficiente.
A gestão financeira eficiente conta com 5 passos indispensáveis:
- Compra de insumos: a capacidade de negociação e de compra da empresa impactará diretamente em seus resultados, já que o lucro vem de uma conta muito simples: RECEITAS – DESPESAS = RESULTADO. Claro que em termos contábeis a conta é mais complexa, mas em termos gerenciais é assim que a performance é representada. Durante a negociação de compra é importante saber o ciclo financeiro dos Recebimentos, ou seja, em média quantos dias a empresa leva para receber do cliente? Comprometer-se a pagar antes de receber do cliente pode gerar desequilíbrio no fluxo de caixa, a não ser que a empresa tenha caixa suficiente para cobrir uma negociação imperdível.
- Gestão dos insumos: não basta comprar bem, também é importante consumir de forma inteligente. Para isso, é indispensável uma boa gestão de estoque e a conscientização dos profissionais que prestam o serviço final. Aqui vale o conceito de eficiência e eficácia juntas: fazer o certo da forma certa. Além disso, os produtos utilizados na área da saúde são bem perecíveis, o que exige maior atenção. Uma sugestão é utilizar a metodologia PEPS – Primeiro que Entra, Primeiro que Sai – essa metodologia garante que os produtos com datas de validade mais próximas sejam utilizadas antes do seu vencimento, garantindo a qualidade do serviço prestado, segurança do paciente e prevenção de desperdícios. Já pensou ter que jogar um estoque inteiro de produtos vencidos?
- Classificação dos custos e despesas: na gestão financeira é necessário classificar quais são as despesas fixas, despesas variáveis, custos diretos e indiretos. Essa classificação permite: a) identificar a necessidade de Capital de giro e ponto de equilíbrio; b) custo operacional e c) custos de produção. Essas informações também serão base para o próximo passo da gestão financeira.
- Planejamento financeiro: as ferramentas mais comuns utilizadas no planejamento financeiro são Orçamento Empresarial e Fluxo de Caixa. O planejamento orçamentário pode ser feito anualmente e seu objetivo é representar a eficiência produtiva da empresa. Ou seja, sua capacidade de gerar receitas e as despesas necessárias para gera-las. Já o Fluxo de Caixa objetiva demonstrar a capacidade de embolso, desembolso da empresa e sua capacidade de liquidez, ou seja, de gerar caixa.
- Mensuração e Comparação: na última etapa é feita a comparação do previsto x realizado. É através da mensuração e comparação que identificamos falhas na execução dos serviços prestados e traçamos estratégias de correção.
Uma boa gestão financeira é feita sempre com olhar na operação, pois é na execução e entrega do serviço que identificamos pontos de melhoria. Foque no resultado e aprenda durante o processo!
Publicado em: 15/12/2020
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