A Importância da Regularização e Ética na Estética

Blog ESTETICA

Em um mundo cada vez mais voltado para a valorização da aparência e bem-estar, a área da estética se expande rapidamente, atraindo um número crescente de interessados em seus serviços. Contudo, a popularidade deste setor também traz à tona a necessidade de discussões importantes sobre regulamentação e ética profissional.

Recentemente, um caso ocorrido em uma clínica de estética em Campo Grande exemplifica os riscos associados à falta de cumprimento das normas vigentes. A Polícia Civil, após impedimento de fiscalização pela proprietária, identificou múltiplas irregularidades, incluindo a presença de medicamentos sem registro na ANVISA e uso de substâncias de aplicação restrita a profissionais médicos.


Este episódio serve como um alerta sobre a importância de escolher estabelecimentos e profissionais devidamente regulamentados. A estética não é apenas uma questão de beleza, mas de saúde. Procedimentos realizados em ambientes inadequados ou por pessoas não qualificadas podem resultar em complicações sérias, comprometendo não apenas a estética, mas a saúde dos pacientes.

A estética é uma ciência que requer conhecimento aprofundado e constante atualização. As regulamentações existem para garantir que todos os procedimentos sejam realizados de maneira segura e eficaz. É fundamental que os profissionais da área não apenas conheçam, mas também pratiquem as boas práticas estabelecidas pelos órgãos competentes.

Além disso, a ética profissional deve ser a pedra angular da prática estética. Profissionais e clínicas devem priorizar o bem-estar e a segurança dos pacientes acima de tudo. Isso inclui a transparência nas informações sobre os procedimentos, riscos envolvidos e, principalmente, a garantia de que todas as práticas estão em conformidade com a lei.

Para os alunos e futuros profissionais da área, o caso mencionado reforça a importância da formação ética e regulatória robusta. Como futuros esteticistas, cabe a vocês liderar pelo exemplo, promovendo um ambiente de prática que respeite todas as diretrizes legais e éticas, assegurando não apenas a beleza, mas a saúde e a confiança de cada paciente.

Portanto, ao se depararem com escolhas profissionais, lembrem-se de que a ética e a conformidade regulatória não são apenas requisitos legais, mas elementos fundamentais que definem a qualidade e o sucesso no campo da estética. Esta perspectiva será decisiva para garantir a segurança dos procedimentos e para fortalecer a credibilidade e o respeito pela profissão que escolheram.

O Brasil se destaca no cenário global como um dos líderes em procedimentos estéticos, ocupando a segunda posição mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. Esse dado, por si só, reflete uma tendência crescente no interesse por tratamentos estéticos, que tem sido impulsionada por avanços tecnológicos significativos. Este fenômeno foi recentemente discutido no programa “Plantão Doutor TV”, onde a biomédica Dra. Duda Rodrigues compartilhou insights sobre o uso da tecnologia na transformação dos procedimentos estéticos.

A evolução tecnológica na estética não é apenas uma questão de novas máquinas e técnicas, mas também de como essas inovações podem ser aplicadas de forma segura e eficaz. A Dra. Rodrigues destacou que o aumento de 390% nos procedimentos estéticos, conforme dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, não é apenas um sinal de maior aceitação, mas também um indicativo da confiança crescente nas novas tecnologias disponíveis.

No entanto, esse crescimento exponencial traz consigo a responsabilidade de garantir a segurança dos pacientes. É crucial que a implementação de novas tecnologias seja acompanhada de uma regulamentação rigorosa e de uma formação contínua dos profissionais da área. A educação em estética, especialmente em programas de pós-graduação, deve enfatizar não apenas as habilidades técnicas, mas também o conhecimento ético e regulatório necessário para a prática.

Além disso, a popularização dos procedimentos estéticos implica em uma democratização do acesso. Com mais pessoas buscando esses serviços, torna-se essencial discutir a inclusão e a acessibilidade. Tecnologias avançadas podem, se bem utilizadas, tornar os tratamentos mais acessíveis, reduzindo custos e permitindo que um espectro mais amplo da população se beneficie dos avanços na área.

Para os estudantes e profissionais de estética, entender as tendências atuais é fundamental. Isso envolve não só acompanhar os avanços tecnológicos, mas também participar ativamente das discussões sobre as implicações éticas e sociais dessas mudanças. Como futuros líderes nesta área, os alunos de pós-graduação têm a oportunidade de moldar a direção da estética no Brasil, garantindo que o crescimento do setor seja acompanhado por uma prática responsável e inclusiva.

A evolução tecnológica tem sido um motor potente para o crescimento e a diversificação dos tratamentos estéticos. Desde técnicas minimamente invasivas até avanços em biotecnologia e materiais, os progressos são palpáveis e constantes. No entanto, acompanhar essas mudanças exige mais do que simplesmente atualizar-se sobre novos equipamentos ou técnicas. Envolve uma compreensão profunda das implicações éticas e sociais que essas inovações trazem consigo.

Procedimentos como preenchimentos dérmicos, toxina botulínica e lasers fracionados proporcionam resultados eficazes com tempo de recuperação reduzido, atraindo um número crescente de pacientes que buscam melhorias estéticas sem os riscos e o downtime associados às cirurgias tradicionais. Além disso, a biotecnologia tem trazido inovações significativas, como o uso de células-tronco e bioimpressão de pele, que prometem revolucionar a regeneração tecidual e o tratamento de cicatrizes. Esses avanços não apenas aumentam a eficácia dos tratamentos, mas também abrem novas fronteiras para o rejuvenescimento e a reparação da pele.

Os materiais utilizados nos tratamentos estéticos também evoluíram, incorporando biocompatibilidade e longevidade. Por exemplo, os novos tipos de ácidos hialurônicos e outros preenchedores duram mais tempo e oferecem resultados mais naturais. O uso de polímeros biocompatíveis em fios de sustentação também tem ganhado destaque, proporcionando lifting facial sem cirurgia e com resultados imediatos.

No entanto, com grandes avanços vêm grandes responsabilidades. O crescimento rápido da estética tecnológica exige uma reflexão ética profunda. A busca incessante pela juventude e perfeição pode, em alguns casos, exacerbar problemas de autoestima e promover padrões de beleza inatingíveis. É essencial que os profissionais de estética atuem como guias conscientes, ajudando seus pacientes a fazer escolhas informadas e realistas.

Além disso, há questões de acessibilidade e equidade. Os tratamentos de alta tecnologia, muitas vezes, têm um custo elevado, o que pode aumentar a disparidade entre aqueles que podem e não podem pagar por esses serviços. Os profissionais e as instituições educacionais devem trabalhar para encontrar um equilíbrio entre inovação e acessibilidade, garantindo que mais pessoas possam se beneficiar dos avanços estéticos.

Para os alunos de pós-graduação, entender essa dinâmica é crucial. Não basta apenas dominar as novas técnicas; é necessário desenvolver uma visão holística que inclua a ética, a empatia e a responsabilidade social. Programas educacionais devem, portanto, incorporar esses aspectos em seus currículos, preparando os futuros profissionais para enfrentar os desafios e as oportunidades da estética moderna.

A estética, enquanto campo científico, demanda um conhecimento profundo e contínuo, abrangendo desde os aspectos técnicos e práticos até as regulamentações que garantem a segurança e a eficácia dos procedimentos. Essa área está em constante evolução, impulsionada por avanços tecnológicos e científicos que introduzem novas técnicas e materiais, exigindo dos profissionais um compromisso permanente com a educação e a atualização.

A prática da estética envolve uma compreensão detalhada de várias disciplinas, incluindo anatomia, fisiologia, farmacologia e bioquímica. É essencial que os profissionais estejam bem informados sobre a interação entre os produtos utilizados e a pele humana, bem como sobre as respostas biológicas esperadas e possíveis complicações. Conforme destacado por Carruthers e Carruthers (2003), a aplicação de toxina botulínica e preenchimentos dérmicos, por exemplo, requer um conhecimento preciso da musculatura facial e das dinâmicas cutâneas para evitar resultados indesejados e maximizar a segurança do paciente.

As regulamentações no campo da estética são estabelecidas por órgãos competentes com o objetivo de assegurar que todos os procedimentos sejam realizados de forma segura e eficaz. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por exemplo, é responsável pela regulamentação dos produtos e equipamentos utilizados na estética no Brasil. Segundo a ANVISA (2015), os profissionais devem seguir rigorosamente as normas de higiene, esterilização e manuseio de equipamentos para minimizar riscos de infecções e outras complicações.

A ética e a responsabilidade são pilares fundamentais na prática da estética. A adesão aos princípios éticos garante que os profissionais atuem sempre em benefício do paciente, respeitando sua autonomia e dignidade. O Código de Ética da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP, 2017) destaca que os profissionais devem agir com integridade, evitando prometer resultados irreais e sempre priorizando a saúde e bem-estar do paciente.

Além disso, a responsabilidade profissional implica em reconhecer os próprios limites e buscar a colaboração interdisciplinar quando necessário. A integração com outras áreas da saúde, como dermatologia, cirurgia plástica e fisioterapia, pode ser crucial para oferecer um tratamento completo e eficaz aos pacientes.

As boas práticas em estética não se limitam à aplicação técnica dos procedimentos. Elas englobam também a ética profissional, o consentimento informado do paciente e a transparência sobre os riscos e benefícios dos tratamentos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD, 2018), é fundamental que os profissionais discutam com seus pacientes todas as etapas do tratamento, proporcionando um entendimento claro e detalhado sobre o que esperar, os cuidados necessários e possíveis efeitos adversos.

A prática da estética exige um compromisso contínuo com o conhecimento, atualização e ética. Os profissionais dessa área devem estar preparados para acompanhar a rápida evolução das técnicas e regulamentações, sempre buscando a segurança e a eficácia dos tratamentos oferecidos. A adesão às boas práticas estabelecidas pelos órgãos competentes e a dedicação à educação continuada são fundamentais para garantir a excelência na estética, promovendo o bem-estar e a satisfação dos pacientes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Polícia encontrou pelo menos 8 irregularidades em clínica de estética mantida por farmacêutica no Santa Fé. Disponível em: <https://midiamax.uol.com.br/policia/2024/policia-encontrou-pelo-menos-8-irregularidades-em-clinica-de-estetica-mantida-por-farmaceutica-no-santa-fe/> Acesso em 07 de agosto de 2024.

Estética Avançada – Busca por procedimentos cresceu 390% no Brasil. Disponível em: <https://www.band.uol.com.br/band-vale/videos/estetica-avancada-busca-por-procedimentos-cresceu-390-no-brasil-17271641> Acesso em 07 de agosto de 2024.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Resolução RDC nº 83, de 21 de novembro de 2015. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2015/estetica. Acesso em: 7 ago. 2024.

CARRUTHERS, A.; CARRUTHERS, J. Botox use in the mid and lower face and neck. Dermatologic Surgery, v. 29, n. 5, p. 428-433, 2003.

GOODMAN, G. J.; MAGNUSSON, M. R. Complications of minimally invasive cosmetic procedures: prevention and management. Journal of Cutaneous and Aesthetic Surgery, v. 9, n. 1, p. 32-39, 2016.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA (SBCP). Código de Ética. Rio de Janeiro: SBCP, 2017.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA (SBD). Manual de Procedimentos em Dermatologia Estética. São Paulo: SBD, 2018.

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Autoria

Faculdade ITH

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