6 principais desafios da gestão em saúde e como superá-los com inovação e estratégia

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Laryssa Misztela | Gestora do EAD da Faculdade ITH
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10 set, 25 | Leitura: 14min
Atualizado em: 10/09/2025
Profissional de saúde em uniforme azul olhando confiante para o futuro, representando liderança na gestão em saúde.

A gestão em saúde é uma das áreas mais desafiadoras do setor público e privado. Além da complexidade dos sistemas, o gestor precisa lidar com limitações financeiras, demandas crescentes e equipes sobrecarregadas.

Por isso, compreender os principais gargalos do setor é o primeiro passo para superá-los com eficiência.

Neste artigo, você vai entender os 6 maiores desafios da gestão em saúde atualmente, além de descobrir como a formação estratégica pode transformar a sua atuação profissional.

Panorama atual da gestão em saúde no Brasil

Atualmente, o sistema de saúde brasileiro enfrenta desafios estruturais que impactam diretamente a qualidade da assistência e a eficiência da gestão. Com um modelo híbrido entre o setor público (SUS) e o privado, há uma crescente demanda por profissionais capazes de liderar com visão estratégica e foco em resultados.

Segundo o Conselho Federal de Administração (CFA), mais de 70% das unidades de saúde ainda não contam com gestores qualificados, o que prejudica a tomada de decisão baseada em dados e o alcance de indicadores de desempenho. Além disso, fatores como o envelhecimento populacional, a judicialização da saúde e a digitalização dos serviços tornam a função do gestor ainda mais complexa.

Por isso, especializações como o MBA em Gestão Hospitalar da Faculdade ITH são fundamentais para formar profissionais aptos a atuar nesse cenário em constante transformação.

Equipe multidisciplinar de profissionais de saúde usando máscaras em ambiente hospitalar.
Por trás de cada cuidado existe uma equipe forte e bem gerida.
Desafios coletivos exigem liderança estratégica!

Perfil do profissional de gestão em saúde: competências essenciais

Na área da saúde, a complexidade dos serviços exige profissionais com mais do que conhecimento técnico. Dessa forma, o gestor precisa articular diferentes áreas, liderar equipes multidisciplinares e tomar decisões com base em dados.

Habilidades que vão além da técnica

Para atuar com excelência, o gestor em saúde deve desenvolver competências que o posicionem como um agente estratégico na organização. Entre as mais relevantes, destacam-se:

  • Visão sistêmica: capacidade de compreender o funcionamento interligado dos setores e serviços;
  • Capacidade analítica: interpretação de indicadores para decisões baseadas em evidências;
  • Liderança propositiva: atuação com foco em resultados e gestão de equipes de alta performance;
  • Comunicação efetiva: clareza no repasse de informações, escuta ativa e alinhamento entre setores;
  • Ética e empatia: respeito às diretrizes regulatórias e foco na experiência do paciente.

Formação que desenvolve competências estratégicas

Além da experiência prática, a qualificação acadêmica é um diferencial competitivo. Por exemplo, cursos como a Pós-Graduação em Gestão e Liderança em Enfermagem – EAD da Faculdade ITH são estruturados para desenvolver essas competências desde os primeiros módulos.

O estudante aprende a dominar:

  • Indicadores de qualidade e desempenho;
  • Normas da Anvisa, RDCs e legislações hospitalares;
  • Planejamento estratégico e liderança transformacional;
  • Gestão de pessoas com base em competências e metas.

Além disso, a formação permite aplicação imediata dos conteúdos no ambiente profissional, fortalecendo o protagonismo do enfermeiro gestor e de outros líderes em saúde.

O que desafia esses profissionais no cotidiano?

Mesmo com formação sólida e habilidades bem desenvolvidas, os gestores de saúde enfrentam obstáculos diários. A realidade do setor impõe desafios estruturais, operacionais e humanos, que impactam diretamente a qualidade da assistência.

1. Fragmentação dos serviços e comunicação falha entre equipes

Um dos principais entraves é a falta de integração entre os setores. Ambulatórios, farmácias, laboratórios e centros cirúrgicos muitas vezes atuam como unidades isoladas, sem comunicação fluida.

Comunicação falha compromete a segurança do paciente

A ausência de troca de informações em tempo real dificulta o rastreio de dados clínicos, gera retrabalho e aumenta os riscos assistenciais. Por isso, a adoção de sistemas informatizados e protocolos integrados é essencial.

Implementar prontuários eletrônicos compartilhados, checklists padronizados e diretrizes clínicas unificadas melhora não apenas a eficiência, mas também a segurança e a experiência do paciente.

2. Escassez de recursos humanos e financeiros

A gestão eficiente em saúde exige planejamento rigoroso, mas a escassez de recursos segue sendo uma das maiores barreiras enfrentadas pelas instituições — públicas ou privadas.

Equipes reduzidas e jornadas exaustivas

Mesmo em hospitais de grande porte, é comum encontrar profissionais sobrecarregados, escalas incompletas e turnos estendidos. A falta de dimensionamento adequado da equipe compromete a assistência, aumenta o risco de erros e eleva os índices de absenteísmo e rotatividade.

Além disso, em cenários de escassez, os profissionais acabam acumulando funções, o que interfere diretamente na qualidade do atendimento e no bem-estar dos colaboradores.

Segundo o Observatório de Recursos Humanos em Saúde, há um desequilíbrio crescente entre a demanda por serviços e a disponibilidade de profissionais capacitados — especialmente em regiões remotas ou periferias urbanas.

Orçamento limitado e decisões por improviso

Paralelamente à crise de pessoal, o orçamento restrito é outro fator crítico. Muitas instituições lidam com verbas contingenciadas, atrasos de repasse e limitações severas para aquisição de insumos, equipamentos e tecnologias.

Com isso, decisões estratégicas são postergadas ou feitas com base na urgência, e não na análise técnica. A gestão de estoque, por exemplo, sofre com rupturas de insumos ou compras emergenciais, geralmente mais caras e menos eficientes.

3. Resistência à inovação e transformação digital

Embora a transformação digital seja uma das principais tendências na área da saúde, a adesão às novas tecnologias ainda enfrenta barreiras culturais e estruturais.

Medo da tecnologia e insegurança profissional

Em muitos hospitais e clínicas, profissionais experientes — como médicos, enfermeiros e técnicos — ainda demonstram resistência ao uso de ferramentas digitais. Isso se deve, principalmente, à insegurança quanto à eficácia dos sistemas e à dificuldade de adaptação a rotinas informatizadas.

Além disso, existe o temor de que a automação substitua o julgamento clínico ou reduza o contato humano, essencial no cuidado em saúde.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a transformação digital deve ser centrada nas pessoas, promovendo inclusão, capacitação e melhorias reais nos processos de trabalho.

Profissionais analisando gráficos coloridos em relatórios e tablet durante reunião de gestão.
Indicadores bem analisados geram decisões mais seguras. Na gestão em saúde, os dados importam muito!

Digitalização como aliada da eficiência e segurança

No entanto, quando bem implementadas, as tecnologias potencializam a qualidade assistencial. Entre os principais benefícios da inovação digital na saúde, destacam-se:

  • Redução de erros com sistemas de apoio à decisão clínica;
  • Integração de dados com prontuários eletrônicos interoperáveis;
  • Agilidade em diagnósticos com uso de inteligência artificial;
  • Otimização de fluxos com dashboards e BI (Business Intelligence);
  • Ampliação do acesso com telemedicina e plataformas de gestão remota.

Essas soluções não apenas aumentam a produtividade das equipes, mas também proporcionam maior segurança para o paciente e melhoram o controle dos indicadores gerenciais.

4. Exigência por resultados com foco no paciente

Com o avanço do acesso à informação e o fortalecimento da cultura da qualidade, o paciente passou a ocupar o centro das decisões assistenciais e gerenciais.

O paciente como cliente: mudança de paradigma

Hoje, pacientes não apenas esperam bons resultados clínicos. Eles também demandam empatia, acolhimento, agilidade e comunicação clara.

Essa mudança exige que os serviços de saúde adotem uma visão centrada no usuário. Desde o agendamento até o pós-alta, cada ponto de contato influencia a percepção de valor do paciente.

Por isso, humanização e excelência no atendimento se tornaram fatores estratégicos para fidelização e reputação institucional.

5. Alta rotatividade e desmotivação das equipes

Nos bastidores de qualquer instituição de saúde, o maior ativo continua sendo as pessoas. No entanto, a instabilidade das equipes tem se tornado um dos principais entraves para uma gestão eficiente.

Por que a rotatividade na saúde é tão alta?

Com jornadas exaustivas, acúmulo de funções, salários desproporcionais e pouco reconhecimento, muitos profissionais acabam migrando para outras áreas ou instituições.

Além disso, a pressão constante por resultados e a falta de perspectiva de crescimento contribuem para o desgaste físico e emocional.

Esse ciclo de entradas e saídas gera:

  • Aumento de custos com recrutamento e treinamento;
  • Quebra da continuidade do cuidado;
  • Perda de conhecimento tácito;
  • Queda nos indicadores de qualidade e satisfação.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a valorização da força de trabalho é um dos pilares para sistemas de saúde sustentáveis.

A desmotivação como fator silencioso de queda na performance

Ainda que o colaborador permaneça no cargo, a falta de motivação afeta diretamente o atendimento ao paciente. Profissionais desengajados:

  • Cometem mais erros;
  • Adotam posturas indiferentes;
  • Têm baixo rendimento e absenteísmo frequente;
  • Comprometem o clima organizacional.

Portanto, o desafio do gestor não é apenas manter pessoas, mas cultivar equipes saudáveis, comprometidas e produtivas.

6. Dificuldade de gestão nos serviços públicos de saúde

Quando se trata da gestão na saúde pública, os desafios ganham uma camada extra de complexidade. A limitação de recursos, a burocracia e a interferência política tornam o ambiente ainda mais desafiador.

Gestão pública exige preparo técnico, jurídico e estratégico

Na administração direta do SUS, é comum lidar com:

  • Falta de insumos básicos;
  • Equipamentos obsoletos;
  • Contratos de serviço deficitários;
  • Alta rotatividade de profissionais e gestores;
  • Judicialização da saúde.

Além disso, muitas decisões estratégicas são prejudicadas por interesses políticos ou pela ausência de continuidade administrativa. Isso impacta diretamente na execução de políticas públicas eficazes.

Conforme o IBGE, mais de 70% da população brasileira depende exclusivamente do SUS. Portanto, a eficiência na gestão pública afeta milhões de vidas.

O desafio da burocracia e da transparência

Com rígidos marcos legais e exigências orçamentárias, o gestor público precisa:

  • Dominar leis como a LRF, LDO e PPA;
  • Entender os fluxos de repasse de verbas;
  • Conduzir processos licitatórios com lisura;
  • Promover a escuta da população via conselhos de saúde.

Por isso, a formação técnica em gestão pública é indispensável. Improvisos e tentativas empíricas não sustentam políticas eficientes.

Duas mulheres em ambiente corporativo analisando planilhas e gráficos em reunião de planejamento.
Estratégia se constrói com método, análise e visão. A gestão que dá resultado começa aqui.

E depois de entender os desafios da saúde pública, surge uma pergunta essencial:

Se os obstáculos já são grandes, o que realmente diferencia um gestor que apenas executa tarefas de outro que promove mudanças estruturais?

Enquanto muitos se concentram em apagar incêndios, apenas uma minoria se posiciona como agente de transformação. E essa diferença começa na forma de pensar e liderar.

Diferença entre gestor técnico e gestor estratégico: qual caminho seguir?

Nem todo profissional que assume um cargo de gestão desenvolve, de fato, uma atuação estratégica. O gestor técnico executa tarefas operacionais, controla rotinas e resolve demandas pontuais. Já o gestor estratégico antecipa cenários, lidera mudanças, analisa indicadores e propõe soluções inovadoras.

Esse salto qualitativo exige formação continuada, vivência prática e suporte metodológico. O MBA em Gestão, Estratégia e Inovação em Serviços de Saúde prepara você para esse novo patamar da carreira.

Oportunidades de carreira para quem atua na gestão em saúde

Com formação adequada, o gestor pode atuar em diversos setores da saúde:

  • Hospitais e clínicas privadas
  • Organizações sociais e filantrópicas
  • Secretarias de Saúde e órgãos públicos
  • Auditoria, consultoria e acreditação
  • Startups de saúde e healthtechs

Cargos comuns incluem coordenador assistencial, supervisor técnico, gerente de unidades, diretor hospitalar e gestor de qualidade. A ITH oferece opções para cada momento da carreira: MBA em Saúde Pública, MBA em Gestão Hospitalar e mais.

Formação acadêmica em gestão em saúde: o que avaliar antes de escolher?

Ao escolher uma pós ou MBA em gestão em saúde, avalie os seguintes pontos:

  • A grade curricular está atualizada com as demandas do setor?
  • O corpo docente é formado por especialistas atuantes no mercado?
  • A metodologia promove aplicação prática e estudos de caso?
  • A instituição possui conceito máximo no MEC?
  • O curso é EAD com flexibilidade real?

Na Faculdade ITH, todos os cursos são pensados para o profissional que precisa conciliar carreira, estudo e crescimento. Conheça a Pós em Saúde com Metodologia ONA e Experiência do Paciente.

Como transformar os desafios da gestão em saúde em oportunidades reais de crescimento?

Diante de tantos obstáculos, é natural que muitos profissionais da saúde se sintam sobrecarregados ou desmotivados. No entanto, é justamente nesse cenário desafiador que surgem as maiores oportunidades de crescimento e diferenciação na carreira.

Para liderar com impacto, é preciso ir além da experiência prática

Embora a vivência no campo assistencial seja valiosa, ela não basta. O mercado exige competências estratégicas, como gestão de indicadores, liderança de equipes, controle de custos, inovação e foco em resultados.

Além disso, a qualificação é o principal diferencial competitivo. Profissionais que investem em formação específica para a área de gestão conquistam cargos de supervisão, coordenação, direção e consultoria — com melhores remunerações e mais autonomia nas decisões.

Três profissionais de saúde, dois homens e uma mulher, analisando documentos juntos em ambiente hospitalar.

As pós-graduações da Faculdade ITH são o ponto de virada

Se o seu objetivo é crescer com propósito e se tornar referência em gestão na saúde, conheça os cursos da Faculdade ITH:

Transforme complexidade em protagonismo

Portanto, os desafios da gestão em saúde não precisam ser barreiras. Pelo contrário: com preparo técnico, visão estratégica e suporte educacional de qualidade, eles podem se tornar o ponto de virada da sua carreira.

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