O papel da Enfermagem Obstétrica na transformação do parto humanizado no Brasil

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Laryssa Misztela | Gestora do EAD da Faculdade ITH
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05 nov, 25 | Leitura: 11min
Atualizado em: 05/11/2025
Enfermeira obstétrica sorridente acolhendo gestante em hospital, representando o cuidado humanizado no parto no Brasil.

A nova perspectiva do parto humanizado

Antes de tudo, compreender o conceito de enfermagem obstétrica é essencial para entender a transformação que o parto humanizado representa na saúde contemporânea. Mais do que uma técnica assistencial, trata-se de um modelo de cuidado centrado na mulher, que valoriza o protagonismo materno, o respeito às evidências científicas e o acolhimento integral em todas as fases do nascimento.

Além disso, o parto humanizado propõe uma experiência baseada na autonomia da gestante, na presença da família e na individualização do cuidado. Essa abordagem fortalece a confiança no processo natural do parto e reforça o papel da enfermagem obstétrica como mediadora entre a ciência e o cuidado humanizado.

O parto humanizado é considerado uma prática essencial para a saúde global e deve ser prioridade nas políticas públicas de atenção obstétrica. Portanto, promover esse modelo de assistência é investir em qualidade de vida, respeito e dignidade no nascimento, pilares que sustentam a evolução da obstetrícia moderna.

Profissionais da enfermagem obstétrica prestando assistência a gestante em trabalho de parto, ao lado do parceiro, com abordagem humanizada.
Profissional de enfermagem obstétrica acompanha trabalho de parto com escuta ativa e apoio emocional à gestante e seu acompanhante.

O papel essencial da enfermagem obstétrica

Por conseguinte, a enfermagem obstétrica desempenha um papel indispensável na construção de uma assistência materna mais segura, humanizada e baseada em evidências científicas. A enfermeira obstetra é a profissional que acompanha a mulher em todas as etapas do ciclo gravídico-puerperal, do pré-natal ao parto e pós-parto.

Além disso, sua presença no centro do cuidado promove autonomia feminina, reduz intervenções desnecessárias e contribui diretamente para a diminuição das taxas de cesarianas eletivas. Esse protagonismo reflete o equilíbrio entre o conhecimento técnico e o olhar humanizado.

Por consequência, a atuação da enfermeira obstetra está amparada por legislações específicas e regulamentada pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Essa regulamentação fortalece a presença da enfermagem obstétrica nas maternidades e consolida sua importância dentro das políticas públicas de atenção obstétrica, como a Rede Cegonha.

Portanto, o enfermeiro obstétrico não é apenas um executor de técnicas, mas um agente transformador do nascimento, capaz de unir ciência, sensibilidade e ética em prol da segurança do paciente e do respeito à fisiologia do parto.

História e evolução do parto humanizado no Brasil

Do modelo tecnicista ao nascimento com protagonismo feminino

Antes de tudo, compreender a história do parto humanizado no Brasil é reconhecer a transição de um modelo centrado na técnica para um cuidado centrado na mulher. Até os anos 1980, o parto era um evento institucionalizado, marcado por intervenções excessivas, pouca escuta e ausência de autonomia da gestante. Nesse período, práticas como a episiotomia e a cesariana eram aplicadas de forma rotineira, muitas vezes sem necessidade clínica comprovada.

Além disso, o ambiente hospitalar refletia um modelo biomédico hierarquizado, em que o protagonismo da mulher era substituído pela autoridade médica. Esse cenário gerou movimentos sociais e acadêmicos, especialmente ligados à enfermagem obstétrica, que questionaram a desumanização do processo de nascimento e propuseram novas formas de cuidado baseadas na empatia e na autonomia da gestante.

O surgimento do movimento de humanização do parto no Brasil

Por conseguinte, a partir da década de 1990, o movimento de humanização do parto no Brasil começou a se estruturar de forma mais organizada. Grupos de mulheres, doulas, profissionais de enfermagem obstétrica e médicos humanistas uniram forças para defender um modelo de assistência mais seguro, acolhedor e centrado na autonomia feminina.

A criação do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN), em 2000, consolidou esse avanço, promovendo o direito ao acompanhante, o uso de boas práticas baseadas em evidências e o fortalecimento da atenção humanizada ao parto e nascimento.

Do mesmo modo, a aprovação da Lei nº 11.108/2005, que garante a presença de um acompanhante durante o parto, representou um marco legal e simbólico na consolidação da humanização no contexto hospitalar.

A consolidação com a Rede Cegonha e o papel do SUS

Além disso, em 2011, o Ministério da Saúde lançou a Rede Cegonha, uma estratégia nacional vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo foi organizar a rede de atenção materno-infantil e promover um cuidado integral e humanizado, desde o pré-natal até o pós-parto.

Sob essa perspectiva, a enfermagem obstétrica passou a ocupar papel central no cuidado durante o parto, oferecendo suporte técnico e emocional às mulheres. A atuação dessas profissionais reforçou o uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor, o contato pele a pele imediato e a liberdade de posição durante o trabalho de parto, práticas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Benefícios do parto humanizado para mãe e bebê

É fundamental compreender que os benefícios do parto humanizado ultrapassam a dimensão física do nascimento, eles abrangem também aspectos emocionais, sociais e de saúde a longo prazo. Esse modelo de cuidado valoriza a autonomia da mulher, o respeito ao tempo fisiológico do corpo e o protagonismo familiar durante o processo de parto.

Além disso, evidências científicas indicam que o parto humanizado, conduzido sob a assistência qualificada da enfermagem obstétrica, reduz complicações obstétricas, diminui intervenções médicas desnecessárias e promove uma recuperação pós-parto mais rápida e segura. Esse modelo de cuidado também estimula a liberação natural de ocitocina, hormônio essencial para as contrações uterinas e para o fortalecimento do vínculo materno e afetivo entre mãe e bebê.

Por conseguinte, estudos publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde demonstram que partos conduzidos sob práticas humanizadas apresentam menores taxas de infecção hospitalar, melhor adaptação neonatal e maior sucesso na amamentação precoce. Esses fatores contribuem significativamente para a saúde integral da mãe e do bebê, reforçando a importância da humanização como política pública e prática clínica segura.

Da mesma forma, o impacto emocional é notável. A mulher se sente acolhida, ouvida e respeitada, o que reduz o medo, o estresse e o risco de depressão pós-parto. O ambiente tranquilo, o suporte contínuo da equipe de enfermagem e a presença do acompanhante tornam o parto uma experiência de empoderamento e confiança.

Enfermeira obstétrica segurando recém-nascido em maternidade, representando o cuidado e o vínculo no parto humanizado.
Enfermeira obstetra segura o recém-nascido após um parto humanizado, simbolizando o início do vínculo entre mãe e bebê.

Técnicas e práticas baseadas em evidências

Sobretudo, é essencial compreender que o parto humanizado se fundamenta em práticas respaldadas por evidências científicas, que priorizam a segurança, o conforto e a autonomia da gestante. Diferente de modelos intervencionistas, essa abordagem reconhece o parto como um processo fisiológico e natural, que deve ser acompanhado com respeito e suporte contínuo.

Entre as técnicas mais recomendadas estão o apoio contínuo durante o trabalho de parto, o uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor, como massagem, banho morno e bola de parto, a liberdade de movimento e de posição e o contato pele a pele imediato após o nascimento. Essas práticas favorecem o progresso natural do parto, reduzem a necessidade de cesarianas e promovem o vínculo afetivo entre mãe e bebê.

Além disso, ambientes acolhedores, conduzidos por profissionais de enfermagem obstétrica, com iluminação suave, música ambiente e privacidade, contribuem para reduzir a ansiedade e estimular a liberação natural de ocitocina, hormônio essencial para as contrações e o bem-estar materno. Dessa forma, tais condições transformam o parto em uma experiência mais positiva, segura e respeitosa, reforçando os princípios centrais da humanização no cuidado obstétrico.

Por consequência, essas recomendações são amplamente reconhecidas por diretrizes internacionais, como as emitidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (ABENFO). Ambas reforçam que a humanização da assistência obstétrica deve estar aliada à qualidade técnica e ao cuidado centrado na mulher.

Desafios e avanços na enfermagem obstétrica

Por outro lado, é importante reconhecer que a consolidação da enfermagem obstétrica no Brasil ainda enfrenta desafios estruturais e institucionais. Muitos serviços de saúde carecem de infraestrutura adequada, protocolos atualizados e condições de trabalho que valorizem o papel da enfermeira obstetra como protagonista no cuidado materno.

Além disso, a falta de reconhecimento institucional e salarial, aliada à resistência de alguns modelos médicos tradicionais, ainda limita a atuação plena dessas profissionais em diversos contextos hospitalares e comunitários. Essa realidade reforça a necessidade de investimentos em políticas públicas, capacitação contínua e integração multiprofissional para garantir uma assistência realmente humanizada e segura.

Entretanto, os avanços recentes são expressivos e encorajadores. Nos últimos anos, o número de partos conduzidos por enfermeiras obstetras cresceu significativamente, refletindo o impacto positivo das políticas de incentivo à humanização do parto e à educação continuada na saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde, programas como a Rede Cegonha e as Residências Multiprofissionais em Enfermagem Obstétrica têm ampliado o protagonismo dessas profissionais. Esse avanço demonstra o reconhecimento crescente da competência técnica, científica e emocional das enfermeiras obstetras na promoção de partos mais seguros.

Formação e qualificação: pilares da excelência na obstetrícia

Nesse contexto, é essencial compreender que a formação especializada é o alicerce para uma atuação segura, ética e humanizada na enfermagem obstétrica. O cuidado com gestantes e recém-nascidos exige mais do que habilidade técnica, demanda sensibilidade, empatia e profundo conhecimento científico.

Além disso, dominar técnicas de parto, compreender as legislações vigentes e identificar as necessidades físicas e emocionais das gestantes requer um preparo acadêmico sólido, sustentado por práticas baseadas em evidências e atualizadas conforme as diretrizes do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por consequência, os programas de Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica – Presencial da Faculdade ITH se destacam como diferenciais competitivos no mercado da saúde. A instituição, reconhecida com conceito máximo no MEC, oferece uma formação que une teoria, prática supervisionada e simulações realísticas, garantindo domínio técnico e segurança assistencial.

Da mesma forma, o curso enfatiza o desenvolvimento de competências clínicas e emocionais, preparando o profissional para conduzir o parto com respeito, técnica e liderança. A atualização científica constante e o suporte de professores atuantes no mercado fortalecem a confiança do aluno.

Enfermeira obstetra e equipe médica realizando parto humanizado em hospital, priorizando conforto e segurança da mulher.
Equipe multiprofissional realiza parto humanizado, com a enfermeira obstetra garantindo segurança e acolhimento à parturiente.

Faculdade ITH: referência nacional em saúde e humanização

Em síntese, a Faculdade ITH é reconhecida nacionalmente pela excelência em ensino superior voltado à saúde e gestão.

Com conceito máximo no MEC e mais de uma década de trajetória, a instituição se consolida como uma das EdTechs mais inovadoras do Brasil, indicada duas vezes pela Revista EXAME.

Além disso, sua metodologia ITH 4.0 une teoria, prática e tecnologia, com simulações realísticas, tutoria individualizada e trilhas personalizadas de aprendizagem.

Essa abordagem garante ao aluno uma formação completa, técnica e humanizada, conectada às demandas reais do mercado de saúde.

Por consequência, a Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica – Presencial da ITH é ideal para profissionais que desejam atuar com protagonismo no parto humanizado, liderar equipes e garantir segurança e acolhimento às gestantes.

Ao escolher a ITH, o aluno investe não apenas em conhecimento, mas em uma formação transformadora e reconhecida nacionalmente.

O futuro da enfermagem obstétrica e do parto humanizado

Por fim, o parto humanizado simboliza um avanço civilizatório: o nascimento tratado com respeito, empatia e ciência. A enfermagem obstétrica, nesse contexto, torna-se protagonista de um cuidado mais humano e eficiente, centrado na vida e na dignidade.

Enfermeira obstetra sorridente em hospital, simbolizando formação e excelência profissional na humanização do parto.
Enfermeira obstetra representa a nova geração de profissionais formados para liderar o cuidado humanizado e seguro no parto.

Portanto, se o seu propósito é transformar o nascimento em uma experiência de cuidado e segurança, a ITH é o seu próximo passo.

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