Desemprego, Subemprego e Oportunidade: O que a pós-graduação tem a ver com isso?

Desemprego, Subemprego e Oportunidade: O Que a Pós-Graduação Tem a Ver Com Isso? Faculdade ITH

“Antes, escolhia-se trabalhar ao invés de estudar, porque precisava pagar as contas. Hoje, quem não estuda não paga conta, porque a maioria está desempregada” diz, Ana Claudia Camargo, CEO ITH.

Em meio a tantas crises econômicas, políticas e de saúde ao longo da história, a educação tem sido o único fator intangível quando se fala em ficar desempregado, assumir uma atividade considerada subemprego ou ter uma oportunidade real de trabalhar ou empreender, com salários e rendimentos compatíveis com a expectativa.

Quanto maior o nível de escolaridade, maiores serão as possibilidades de conseguir um emprego e de competir por melhores oportunidades no mercado.

Educação Vs emprego no Brasil – Como funciona? Perspectivas – SBHH

O desemprego

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgados pelo IBGE, a taxa de desemprego no Brasil subiu de 14,7% no primeiro trimestre de 2021 e atingiu o maior número de 14,8 milhões de brasileiros desocupados. A taxa indica que a cada 100 pessoas no mercado de trabalho, 15 não estão ocupadas ou procuram emprego. Os subempregos continuam existindo e são ocupados pelos que possuem menos de um ano de estudo ao ensino fundamental, porém com ganhos de até um salário mínimo, segundo a Catho.

A taxa de desemprego é maior entre as pessoas com menor escolaridade.  A taxa é de 20% para os que possuem ensino médio incompleto, contra 6,2% para os profissionais com curso superior, (PNAD,2021).

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O desemprego, de forma simplificada, se refere às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar trabalho. 

O ranking de educação mundial elaborado pelo PISA em 2018 — divulgado em dezembro de 2019 — se depara com um cenário preocupante: a amarga posição do Brasil: 58º lugar no mundo. Nem sempre uma única estatística basta para divulgar um panorama exato da realidade. Na maioria das vezes, o procedimento mais comum é examinar diversos dados e estudos para compreender, de fato, o que está em jogo, embora o PISA seja um fator relevante.

Segundo levantamento da Fecomércio-RJ, com base na Relação Anual de Informações Sociais de 2019 (RAIS), enquanto o percentual de trabalhadores formais de Comércio e Serviço com ensino médio completo passou de 41,20% para 51,66%, entre 2010 e 2019, o número de empregados com fundamental completo caiu de 16,27% para 9,81%. 

No mesmo período, a quantidade de indivíduos que atuavam nesse setor com ensino superior também cresceu, indo de 15,53% para 19,30%.

“Quanto maior a escolaridade, os funcionários têm mais desenvoltura para apresentar produtos e maior capacidade para realizar tarefas adicionais”, opina a economista Roberta Tomás.

O subemprego

Por definição, subemprego é o emprego não qualificado, de remuneração muito baixa, ou emprego informal, sem vínculo ou garantia, segundo a Oxford Languages. Conforme pesquisa PNAD publicada pelo IBGE em set. 2019, 41,1% da população que se declarou ocupada, trabalha sem carteira assinada e, portanto, sem renda fixa e sem direitos, reflexo do subemprego. Em números, essa taxa representa 38,8 milhões. É a maior proporção desde 2016, em plena recessão.

Um estudo da Fundação Getúlio Vargas comprovou, com números, o que os países mais desenvolvidos do mundo aprenderam há muito tempo. Estudar mais é o caminho pra ganhar mais. 

A CARA DO DESEMPREGO E DO SUBEMPREGO, NO BRASIL

A ex-aluna ITH, Suely Silva tem uma trajetória de superação. Ela trabalhava em um supermercado e ganhava um salário mínimo e queria fazer faculdade, então conta: “Com que grana? Não tinha condições de pagar uma faculdade, eu não queria mais um subemprego, então fui fazer o curso técnico de enfermagem, mas, eu vi que não era suficiente fazer pra pagar o curso superior”. Ela acabou ganhando uma bolsa de estudos parcial e de técnica de enfermagem, virou enfermeira e passou a ganhar quase três vezes mais. Não satisfeita, sabia que se especializasse, daria outro salto. “Eu me matriculei no ITH e em 18 meses terminei a pós, antes de concluir eu concorri a uma vaga de enfermeira emergencista e acabei passando.” O progresso na profissão significou um salário seis vezes maior. “Em outubro de 2017 foi meu primeiro up grade, uma diferença enorme. Isso eu não tenho dúvida, se eu não tivesse feito a pós, se eu não tivesse me especializado, eu continuaria ganhando pouco, como estava ganhando”, diz a atual especialista Suely. 

A Oportunidade

O mercado oferece opções para pessoas com os mais variados níveis de escolaridade, mas a concorrência é elevada. Os candidatos a uma vaga precisam estar dispostos a investir na educação. Quanto maior a qualificação, maiores as oportunidades no mercado de trabalho. 

O Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), divulgou no Mapa do Ensino Superior 2019 dados sobre a relação de escolaridade com a Empregabilidade no Brasil, pessoas que possuem diploma do Ensino Superior têm a média salarial quase 3 vezes maior do que quem parou os estudos no Ensino Médio e ingressou no mercado de trabalho.

Segundo a pesquisa, que tem como referência o ano de 2017, no Brasil, a média salarial de quem concluiu o Ensino Superior é de R$ 6.072,00. Já a média salarial dos brasileiros que concluíram apenas o Ensino Médio é de R$ 2141,00. A média é ainda menor quando falamos dos brasileiros que pararam os estudos no Ensino Fundamental, o grupo tem uma média salarial de R$ 1892,00.

No Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), revelaram que as profissões que mais abriram novos postos de trabalho em 2018 foram as seguintes:

  • Enfermagem
  • Análise e Desenvolvimento de Sistemas
  • Farmácia
  • Fisioterapia
  • Sistemas de Informação

“Uma pessoa pós-graduada tem 422% a mais de chances de conseguir um emprego do que quem não se alfabetizou e indica que cada ano de estudo completo aumenta o salário do profissional em uma média de quase 15%.” (Pesquisa FGV,2019)

Mesmo em um cenário econômico em que cerca de 14 milhões estão desempregadas no Brasil, a mesma pesquisa aponta que aquele que possui mais educação formal está perdendo menos do que quem tem menos educação formal. Isso significa que mesmo em um cenário de dificuldades econômicas, fazer uma pós-graduação pode ser uma a grande saída para quem precisa encontrar emprego ou melhorar sua renda. 

Para Carolina Walger professora de Gestão em Recursos Humanos da Uninter, “Não existe um amplo mercado para quem não se especializa”. “A pós-graduação é importante para o profissional escolher entre ser um especialista ou um generalista”, diz. O especialista, explica Carolina, é aquele profissional que se aprofunda em determinado tema e, por isso, tende a não ocupar cargos de gestão. Já o generalista busca uma visão mais ampla e sistêmica e pode procurar por oportunidades como gestor publicado em Gazeta do Povo.

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“Todos os estudos mostram que um profissional com pós-graduação ganha mais, proporcionalmente, do que quem não faz. Não só pelo título, mas porque adquire conhecimento e consegue crescer”, afirma o CEO da Produtive, consultoria de recrutamento e recolocação profissional, Rafael Souto.

PÓS-GRADUAÇÃO TORNA-SE REQUISITO FUNDAMENTAL PARA AUMENTAR RENDA PROFISSIONAL. O PLANO DE CARREIRA PODE SER UM INSTRUMENTO PODEROSO PARA COMBATER O DESEMPREGO E CRESCER NA PROFISSÃO. 

(Gazeta do Povo, 04/07/2021.)

Em um mercado saturado pelo excesso de profissionais à disposição e pela redução de postos de emprego, os cursos de pós-graduação estão deixando de ser apenas um diferencial na formação profissional para se tornar praticamente um requisito para quem deseja crescer profissionalmente em tempos de crise.

 “As empresas não têm mais espaço para profissionais de baixa produtividade”, diz Rafael Souto. Segundo uma análise conduzida pela Produtive, profissionais com uma pós-graduação tiveram um aumento de renda de 14,1% em 2015 em comparação com o ano anterior. Já executivos que investiram em mais de uma pós obtiveram um aumento médio de 17% na remuneração. 

Segundo a Folha Online desde 2002, existe uma nova leva de trabalhadores já é conhecida como a “geração do canudo“. Existem 100 mil estudantes brasileiros fazendo mestrado ou doutorado. Outros 250 mil estão cursando MBA e fazendo especialização no Brasil e no exterior. Pela primeira vez na história, as taxas de matrícula em cursos de nível superior crescem mais rapidamente no Brasil que em seus vizinhos da América do Sul. Educar a força de trabalho constitui um dos maiores desafios de qualquer país e era uma grande trava ao desenvolvimento do Brasil. A compensação pode ser confirmada nos contracheques. Em valores reais, o salário dos executivos triplicou na última década.

Será o fim da Geração Diploma? [ quanto vale o seu diploma ]

Desta forma, existe uma tendência futura de que as condições de trabalho para quem possui bom nível educacional fiquem mais apertadas e competitivas, especialmente quando se trata de cargos de maior remuneração, o que alerta ainda mais para a importância dos estudo e de constante atualização. 

Por esse motivo, só o diploma não é o único fator que o tornará apto a assumir uma posição profissional, com boa remuneração. Fatores como, conhecimento em gestão, liderança, relacionamento interpessoal e proatividade, têm sido avaliados pelas empresas durante a contratação e podem ser o diferencial competitivo agregado ao título de especialista. 

Mas e aí? Tem solução para isso?

Claro que não há pílula milagrosa que você vai tomar e acordar no outro dia lindo, rico, empregado e promovido. UMA COISA EU TENHO CERTEZA, ou você mantém a mente focada em investir em sua área de atuação, se especializar, ou seja, fazer uma pós-graduação e estar preparado para exercer a profissão que sempre sonhou ou desiste e vai ficar desempregado.  O mundo é um rolo compressor que não espera ninguém, ele passa por cima. Garanto, quem está no topo hoje, não esperou o seu momento chegar.  Não existe o momento certo, o certo é fazer o seu momento. Busque as oportunidades e não as espere. Você sabe exatamente o que fazer para alcançar seus objetivos, você quem decide se vai esperar o rolo compressor passar ou se vai dirigi-lo.

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