Na área da saúde, os profissionais de Enfermagem são os grandes protagonistas quando o assunto é atendimento de urgência e emergência. A Enfermagem é a responsável por realizar o gerenciamento e o cuidado ao paciente. Mas a dúvida que fica é: quais são as atribuições de um(a) enfermeiro(a) emergencista?
De modo geral, é preciso esclarecer que, apesar de urgência e emergência indicarem a necessidade de atendimento rápido, em termos de saúde, a emergência refere-se às situações que implicam em risco iminente à vida, logo, demandam ação imediata. Por exemplo: um afogamento, um infarto do miocárdio ou uma hemorragia.
Já a urgência significa que não há um risco iminente à vida, embora seja fundamental algum procedimento em curto prazo para que a situação não evolua negativamente. São casos de traumas moderados ou leves, dores abdominais de intensidade mediana, transtornos psiquiátricos, dentre outros.
Nos Serviços de Emergência (SE), as equipes especializadas prestam assistência a pacientes de alta complexidade em ambiente dinâmico, características que tornam essas unidades de alto risco para ocorrência de erros, nos quais a comunicação, a cooperação e a coordenação são essenciais para o cuidado efetivo (BATISTA; PEDUZZI, 2019).
Veja, abaixo, as atribuições de um(a) enfermeiro(a) emergencista
De acordo com estudo de Batista e Peduzzi (2019), algumas das atribuições específicas dos enfermeiros emergencistas, categorizadas de acordo com a Classificação das Intervenções de Enfermagem, São Paulo, são:
- Acolhimento e classificação de risco: o enfermeiro é responsável por escutar a queixa do paciente, avaliar condições clínicas e classificá-lo de acordo com sua necessidade de intervenção. A classificação mais utilizada pelos hospitais é o Protocolo Manchester: emergência, muito urgente, urgente, pouco urgente e não urgente. Visando, assim, o melhor direcionamento e em tempo oportuno.
- Protocolos de Atenção em Emergência: o enfermeiro irá atuar de acordo com a classificação de risco e regulação de fluxos. Visando, assim, prestar uma assistência rápida e precisa em relação à identificação de urgências e emergências que requerem ações imediatas da equipe de saúde como o início de um protocolo (de sepse, de AVE e dor torácica, por exemplo).
- Assistência de enfermagem de alta complexidade: a Lei do exercício profissional traz como atividade privativa do enfermeiro a assistência de alta complexidade que envolve atividades como sondagem nasogástrica, nasoentérica e vesical (alívio e demora), manejo e administração de drogas de alta vigilância, aspiração de vias aéreas, lavagem gástrica, punção intraóssea, coleta de gasometria, preparo para intubação e acesso central e curativos de maior complexidade.
- Administração de medicação endovenosa (EV): preparação e administração de medicamento por via endovenosa.
- Preparo cirúrgico: fornecimento de cuidados ao paciente imediatamente antes da cirurgia e confirmação dos procedimentos/ exames necessários e a documentação no prontuário clínico.
- Coordenação da equipe de enfermagem: o enfermeiro deve ser capaz de liderar sua equipe para que todo o cuidado prestado seja eficaz para a resolução das intercorrências que acontecem na unidade de emergência.
- Atualização e treinamento da equipe: no campo na saúde, novos estudos estão constantemente sendo atualizados, por isso, é importante que o enfermeiro emergencista esteja em constante atualização sobre novas recomendações de cuidados assistenciais.
- Direcionamento dos pacientes: o serviço de urgência e emergência é uma das portas de entrada de atendimento. Nem sempre o paciente receberá alta, ele poderá ser direcionado ao Centro Cirúrgico, à Hemodinâmica, à UTI ou a outros locais de uma instituição.
- Passagem de plantão: troca de informações essenciais sobre o cuidado do paciente com outra equipe de enfermagem na mudança de turno.
- Triagem: Catástrofe – estabelecimento de prioridades de cuidado ao paciente para tratamento urgente enquanto são alocados recursos escassos.
Em estudo realizado no Brasil, foram descritas as competências legais no SE e citadas quatorze atribuições, sendo que cinco somente devem ser realizadas sob risco iminente de morte e impossibilidade de realização por um médico (BATISTA; PEDUZZI, 2019).
A Resolução COFEN nº 648, de 16 de setembro de 2020, dispõe sobre a normatização, capacitação e atuação do enfermeiro na realização da punção intraóssea em adultos e crianças em situações de urgência e emergência pré e intra-hospitalares.
Já a Resolução COFEN nº 655/2020 normatiza a atuação dos profissionais de enfermagem no Atendimento Pré-hospitalar (APH) móvel Terrestre e Aquaviário, quer seja na assistência direta, no gerenciamento e/ou na Central de Regulação das Urgências (CRU).
Convém lembrar, ainda, que a Enfermagem no setor de Urgência e Emergência é de grande importância para conduzir pacientes em condição de emergência e realizar um trabalho aliando fundamentação teórico-científica com habilidades técnicas, capacidade de liderança, iniciativas e estabilidade emocional.
O/A profissional enfermeiro/a atua em unidades de emergência, em hospitais, prontos-socorros, UPAs e APH.
Além disso, o/a enfermeiro/a emergencista também estará apto/a ao atendimento de emergências que acontecem nas diversas unidades (unidades de internação, cirúrgicas, oncológicas, clínicas, entre outras). Nesse sentido, enfatiza-se, também, a pertinência em investir em um bom curso de especialização.
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Pós-graduação Faculdade ITH:
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA + UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA.
Cursos de extensão Faculdade ITH:
- Emergências Traumáticas – APH e Intra-hospitalar; Suporte básico e avançado adulto e pediátrico;
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- Assistência de enfermagem no transporte aeromédico;
- Sistematização da Assistência de Enfermagem e Diagnóstico de Enfermagem SAE;
- Terapia farmacológica no atendimento de Urgência e Emergência e na Unidade de Terapia Intensiva;
- Biossegurança e Segurança do Paciente – IRAS.
Autoria
Faculdade ITH e Prof Leles França
Bacharelado em Enfermagem pela Faculdade Estácio de Sá-GO (2011); Pós-graduado em Emergência e Urgência pela Faculdade Unidas de Campinas (2012); Pós-graduado em Cardiologia e Hemodinâmica pela Faculdade Israelita Albert Einstein (2017).
Enfermeiro do Pronto Socorro de trauma do Hospital de Urgências Governador Otávio Lages (hugol) até 31/03/2018, e a partir de 01/04/2018, Enfermeiro do Serviço de Cardiologia e Hemodinâmica até 18/11/2019.
Enfermeiro Coordenador do Pronto Atendimento do Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia, com início em 01/04/2014 a 09/09/2016. Enfermeiro Coordenador do Pronto Atendimento do Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia, retornando as atividades na data de 23/07/2018 até 02/01/2019.
Docente ITH pós-graduação; docente CGESP pós-graduação; docente cursos técnicos Suldamérica. Servidor público da Escola de Saúde do Governo do Estado de Goiás (esap).
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