5 competências para se dar bem no mercado da saúde

5 Competências para se Dar Bem no Mercado da Saúde Faculdade ITH

De acordo com especialistas em perfil e conduta profissional, quem busca trabalhar em prol do bem-estar e da qualidade de vida das pessoas tem o perfil de um profissional da área da saúde.

O campo da saúde é muito amplo e conta com boas oportunidades profissionais, especialmente se considerarmos a era pós-moderna na qual vivemos. Nesse sentido, é válido ressaltar que, para se destacar, os/as profissionais da saúde devem ser dinâmicos, proativos e estar atualizados/as. Afinal, estão com a vida de muitas pessoas em suas mãos, não é mesmo?!

Portanto, independendo da escolha de qual graduação cursar, saiba que as competências adquiridas ao longo da jornada acadêmica devem se estender aos campos clínico, gerencial e pessoal para que, assim, o/a profissional possa assumir posições de liderança em equipes multidisciplinares, por exemplo.

Mas será que trabalhar nessa área é para qualquer um? Quer saber as competências que você precisa ter ou desenvolver para ser um bom profissional da saúde? Se você quer saber mais sobre este assunto, continue a leitura deste texto.

Conheça agora as 5 competências para ter melhores salários e empregos em saúde.

1. Priorização e humanização – Não vale apelar: cuide dos outros, mas de você também:

A tão citada soft skill inteligência emocional nada mais é do que ter maturidade para não explodir quando enfrentamos problemas e, na saúde, os desafios são diários.  Saber entender que a pressão faz parte da jornada e lidar com as dores é uma das missões da profissão. Então, não basta ser tecnicamente bom, pois isso é, na verdade, imprescindível para atuar, mas gerir as emoções é que parece ser complicado. No fundo, é necessário saber desconectar ao término de sua jornada para não levar para casa os problemas de seus pacientes. Segundo a Fiocruz, em 2022, cerca de 50% dos profissionais de saúde apresentam sintomas depressivos. Já um inquérito com profissionais de enfermagem de serviços de saúde, de média e alta complexidade, mostrou que 39,6% e 38% apresentaram, respectivamente, sintomas severos de ansiedade e de depressão. Então, na maioria eles se conectam emocionalmente com os fatos e adoecem também. Não significa que você não se importa, mas que você está cuidando também de sua saúde mental para conseguir ajudar os outros.

2. Educação permanente em saúde – Sente e estude por toda a vida:

Há pouco tempo atrás se falava “Ufa, formei, terminei meus estudos”. Isso, de longe, representa os tempos modernos. No entanto, a capacitação deve ser contínua. As novas tecnologias e sua aplicabilidade na ciência tornou a medicina ser mais fluida, tudo é atualizado constantemente, então, quem não lê, estará desatualizado(a). Por isso o life long learning, que é o aprendizado contínuo, passou a ser uma habilidade a ser considerada importante nos processos seletivos. De acordo com a SBPC 2020, no período 2015-2020, foram indexados na Web of Science (WoS) um total de mais de 11 milhões de artigos, ou seja, por dia são publicados 6.027 novos artigos. Gerir este número denso de informações é tarefa para herói, não que eles não sejam os heróis da saúde, mas, neste caso, é impossível. Logo, o que importa é focar em aprender o necessário à sua atuação pelo menos utilizando a educação “just in time”, focar no que é necessário para atuação e desenvolvimento como parte da jornada profissional.

3. Planejamento e organização – Não deixe a vida te levar:

Uma carreira, até pouco tempo, era trilhada em duas linhas de atuação: serviço público – uma enorme fatia de profissionais de saúde pleiteava vagas nas suas respectivas áreas – e o serviço privado, como nos hospitais, clínicas, laboratórios e consultórios. A progressão vertical era bem limitada e, embora hoje seja mais fácil progredir verticalmente, ainda é um fator limitador na área da saúde. Por isso, planejar a carreira é essencial. Por exemplo, se o profissional deseja assumir um cargo de gestão, tem que investir em ferramentas e desenvolvimento de habilidades gerenciais, trabalhar autoconhecimento, liderança e empreendedorismo. Mas, se o foco for concurso, é estudar muito para romper o número de candidatos super preparados. Hoje ainda temos inúmeras áreas correlatas desde consultorias, mentorias, representações comerciais ou até o próprio empreendedorismo. 

4. Expertise – Sem um bom currículo você nem passa da primeira fase:

Na maioria dos processos seletivos, ou promoções verticais, a primeira fase é composta pela análise curricular. Então, ter formações detalhadas, certificados, diplomas que comprovem sua capacidade técnica é o primeiro ponto analisado. Além disso, colocar quais as responsabilidades e atribuições que desenvolveu em sua jornada profissional ajuda o/a recrutador/a a entender suas habilidades e ter uma ideia da jornada de maturidade e desenvolvimento pessoal dos candidatos. Mas esta etapa das competências vem na segunda fase, que é o recrutamento para entrevista e você só chegará lá se tiver um currículo atrativo. Segundo IBGE, em 2020, na crise, cresceram as principais ocupações relacionadas à saúde humana com exigência de mais anos de escolaridade, com aumento de 32,3% a quantidade de ocupados com ensino superior completo. Por isso, a graduação e a pós-graduação, hoje, são critérios de seleção ainda maiores, além das formações continuadas.

5. Humildade intelectual – Compartilhe conhecimento:

Há uma linha tênue entre sucesso profissional e humildade intelectual. À medida que profissionais conquistam autoridade e se tornam uma referência em saúde, o grande vilão super ego pode roubar a cena. Já trabalhou com profissionais ou chefes que nunca estão errados? Que não admitem que há espaço para melhoria? Sim, isso acontece com certa frequência e quem sai perdendo são todos: o profissional, os pacientes, os colegas e até a família. Todos podemos aprender com pessoas que academicamente não têm a mesma capacidade técnica que você, com pessoas de outras áreas e até com nossos subordinados e este é o segredo da maturidade pessoal e profissional.  Humildade intelectual diz respeito à maneira como você se posiciona frente ao conhecimento que a vida te apresenta e você tem duas escolhas: ser receptiva ou arrogante e este ponto de inflexão pode mudar a sua vida: você pode ganhar ou perder uma grande oportunidade profissional.

Como você pode observar, a área da saúde é desafiadora, pois, além de competências técnicas para assistência à saúde e/ou gestão, faz-se de extrema pertinência desenvolver competências socioemocionais também, como, por exemplo, empatia, capacidade analítico-reflexiva, inteligência emocional e tomada de decisão responsável.

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Autoria

Profª Drª Ana Claudia Camargo

Biomédica pela PUC/GO; Fundadora e CEO da Faculdade ITH; Gestora 4.0 e Gestora Empresarial; Formação Business and Executive Coach; Premiação Mulheres Empreendedoras VG 2018; Mestre e Doutora em Medicina Tropical pelo IPTSP/UFG/UFTM. Formou mais de 15 mil alunos na área da saúde; Foi Pesquisadora pelo IPON/UFTM; Docente Universitária por 20 anos pela PUC/GO, FacUnicamps e Estácio de Sá; Docente em Pós-Graduação (nacional) por mais de 15 anos; Escritora do Livro Higiene e Saúde em Casa. Foi membro por 7 anos do Comitê de Ética do HUGO/SES/GO. Foi membro da Diretoria do SINDBIOMED. Foi conteudista ENADE (INEP); Foi Coordenadora de Pesquisa Clínica na Mastologia pelo HC/UFG.

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