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Doenças Emergentes e Reemergentes: O Que São e Como São Causadas Faculdade ITH

Doenças Emergentes e Reemergentes: o que são e como são causadas

Você conhece todas as doenças emergentes e reemergentes do Brasil ou, pelo menos, as principais?

Em nosso país, grande parte das condições que favorecem a emergência e a reemergência das doenças tanto infecciosas quanto parasitárias relaciona-se a questões de cunho socioeconômico, político, demográfico, dentre outras.

Nesse sentido, vale ressaltar que é urgente que se discuta os desafios impostos à saúde pública, bem como o reforço e a revalorização da vigilância epidemiológica.

Diante desse cenário, não podemos nos esquecer, também, que, considerando os tempos atuais que estamos vivendo, as desigualdades sociais figuram como as primeiras a considerarmos no que diz respeito ao maior risco de exposição a doenças e menores condições de acesso a tratamentos, por exemplo.

As doenças infecciosas, por sua vez, classificam-se de acordo com o seu comportamento epidemiológico em: doenças emergentes e reemergentes. Esses dois conceitos são utilizados quando analisamos uma população especificamente, uma vez que uma doença pode emergir em uma certa localidade e reemergir em outra.

O que são doenças emergentes e reemergentes e como são causadas?

Ao utilizarmos a expressão doença emergente, é importante que saibamos que nos referimos a uma doença infecciosa.  Nesse sentido, doenças emergentes são doenças novas ou que, recentemente, foram identificadas em determinada área geográfica – provocando situações de alerta na saúde pública.

Desse modo, convém destacar que as doenças emergentes caracterizam-se como condições cuja incidência em humanos aumentou muito durante as últimas décadas.

No Brasil, algumas das doenças emergentes mais evidentes são: coronavírus, febre amarela, cólera, tuberculose, dengue, leishmaniose, AIDS e malária.

Já doença reemergente é a doença infecciosa conhecida e – geralmente controlada – que, por algum motivo, alterou o seu padrão epidemiológico, tendo, pois, como consequência, um aumento repentino de casos.

Um bom exemplo é a tuberculose pós-HIV e a ressurgência alarmante da dengue no Brasil. Outro exemplo de doença reemergente no Brasil é o sarampo.

Em 2016, o País recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) o certificado de região livre do sarampo endêmico, junto com outros países do continente. Porém, desde 2018, enfrenta uma nova disseminação da doença, com 10.429 casos confirmados só em 2019, segundo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.

Portanto, diferente das doenças emergentes, chamamos de reemergentes aquelas que são conhecidas há algum tempo – que estavam sob controle, mas acabaram por retornar, causando uma grande preocupação. Geralmente, esse tipo de doença pode indicar problemas em aspectos de vigilância sanitária.

Principais causas das doenças emergentes e reemergentes

Conforme pesquisadores da área, as doenças infecciosas emergentes e reemergentes, de modo geral, estão associadas aos seguintes fatores:

  • modelos de desenvolvimento econômico determinando alterações ambientais, processos de urbanização sem adequada infraestrutura, obras (hidrelétricas e rodovias);
  • fatores ambientais (desmatamento, mudanças climáticas, aquecimento global, secas e inundações);
  • aumento do intercâmbio internacional;
  • incorporação de novas tecnologias médicas;
  • ampliação do consumo de alimentos industrializados;
  • desestruturação/inadequação dos serviços de saúde e/ou desatualização das estratégias de controle de doenças;
  • aprimoramento das técnicas de diagnóstico;
  • processo de evolução de microrganismos: mutações virais, emergência de bactérias resistentes.

Como enfrentar essas doenças?

Para o enfrentamento das doenças emergentes e reemergentes o fortalecimento da vigilância epidemiológica, especialmente no que diz respeito à sua capacidade de detecção precoce, tem um papel muito importante.

Por isso, epidemiologistas devem estar qualificados para realizar investigações de campo e monitorar o comportamento das doenças em indivíduos e populações, além de disporem de um sistema de informações ágil e que permita a tomada de decisão em tempo oportuno.

É preciso fortalecer as atividades de vigilância em saúde (ambiental e sanitária, principalmente) e saúde pública veterinária, pois a emergência e reemergência de doenças infecciosas resultam da interação do homem com o ambiente.

Deve-se monitorar alguns fatores, tais como a fauna sinantrópica e as condições sanitárias dos alimentos e das populações animais de forma rotineira e eficiente, de forma a prevenir, ou pelo menos alertar precocemente a comunidade para o risco de emergência de doenças. Isto exigiria mecanismos ágeis de comunicação entre os diferentes serviços envolvidos.

Outro desafio que as doenças emergentes e reemergentes colocam para a Saúde Pública diz respeito às normas de biossegurança. Há um risco de que agentes etiológicos novos e com alta letalidade possam vir a ser utilizados como armas biológicas, além da possibilidade real do tráfego global de viroses, em poucas horas, de um continente a outro, através das viagens aéreas.

A importância da biossegurança no combate às doenças emergentes e reemergentes

A questão da biossegurança deve, portanto, contemplar o controle da importação de animais para experimentação, principalmente primatas, que podem ser reservatórios ou fontes de agentes infecciosos novos. As condições de transporte, acomodação e manutenção desses animais devem ser objeto de vigilância sanitária. Do mesmo modo, o manejo clínico de casos suspeitos em hospitais necessita de normas de biossegurança que protejam os profissionais de saúde e a clientela. O mesmo se aplica aos profissionais de laboratórios responsáveis pela identificação dos agentes etiológicos.

Uma estratégia fundamental para o enfrentamento das doenças emergentes e reemergentes é o desenvolvimento de pesquisa básica e aplicada na área, com envolvimento das universidades e dos institutos de pesquisa, especialmente em novas tecnologias de diagnóstico (incluindo técnicas de biologia molecular), pesquisa epidemiológica, e desenvolvimento de fármacos e de vacinas.

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Referências

A urgência no combate aos inimigos invisíveis. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2021/04/4920706-artigo-a-urgencia-no-combate-aos-inimigos-invisiveis.html Acesso em 3 de agosto de 2022.

As doenças reemergentes e a importância da prevenção. Disponível em: https://www.cedipi.com.br/2019/08/as-doencas-reemergentes-e-a-importancia-da-prevencao/ Acesso em 3 de agosto de 2022.

Biologia – Doenças emergentes. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/planos-de-aula/medio/biologia-doencas-emergentes.htm?cmpid=copiaecola Acesso em 3 de agosto de 2022.

Doenças emergentes: coronavírus, dengue e outros. Disponível em: https://blog.vitta.com.br/2020/06/30/doencas-emergentes-coronavirus-dengue-e-outros/  Acesso em 3 de agosto de 2022.

FIOCRUZ. Doenças emergentes e reemergentes. Disponível em: http://www.fiocruz.br/biossegurancahospitalar/dados/material2.htm Acesso em 3 de agosto de 2022.

Doenças Infecciosas e Parasitárias: Você Sabe Quais São? Faculdade ITH

Doenças infecciosas e parasitárias: Você sabe quais são?

Segundo especialistas da área da saúde, compreender a problemática das doenças infecciosas e parasitárias, dentro de um contexto de mudanças climáticas ambientais, é fundamental para que os profissionais de saúde possam manejar o controle sanitário dessas doenças. Portanto, é muito importante a formação de recursos humanos críticos e capacitados para solucionar esses problemas.

No entanto, a negligência verificada no histórico de determinadas doenças, como as virais e parasitárias, impacta diretamente nas condições sociais e econômicas de populações. Especialmente, nas populações pobres e marginalizadas.

Nesse sentido, faz-se necessário, então, discutir os desafios colocados à saúde pública pela emergência e reemergência das doenças virais, infecciosas, parasitárias e, sobretudo, negligenciadas.

Doenças negligenciadas e mudanças ambientais

Doenças negligenciadas são doenças que não só prevalecem em condições de pobreza, mas, também, contribuem para a manutenção do quadro de desigualdade. Elas representam forte entrave ao desenvolvimento dos países.

Como exemplos de doenças negligenciadas, podemos citar: dengue, doença de chagas, esquistossomose, hanseníase, leishmaniose, malária, tuberculose, entre outras.

Conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de um bilhão de pessoas estão infectadas com uma ou mais doenças negligenciadas. Isso representa um sexto da população mundial.

O primeiro relatório da OMS sobre Doenças Tropicais Negligenciadas apontava que as doenças negligenciadas (DNs) atingem a vida de um bilhão de pessoas em todo mundo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) estas formam um conjunto de 17 enfermidades. Elas afetam, principalmente, pessoas que vivem nos trópicos, mas não são exclusivas a eles.

Segundo estudiosos da área, tal realidade é vista em países onde ainda são insatisfatórias as condições de saneamento básico. Esse é um dos principais fatores debilitantes da população, associando-se frequentemente a quadros de diarreia e desnutrição. Esses fatores comprometem o desenvolvimento físico e intelectual da população.

Nessa relação, estão incluídas as seguintes enfermidades: tracoma; úlcera de Buruli; tripanossomose africana (doença do sono); doença de Chagas (tripanossomíase americana); dengue; dracunculíase; cisticercose; leishmaniose; hanseníase; filariose linfática; oncocercose; esquistossomose; bouba; geohelmintíase; raiva; equinococose e fasciolíase – dados da OMS.

Doenças infecciosas emergentes e reemergentes

É consenso entre pesquisadores da área que tanto as doenças emergentes como as reemergentes têm um impacto enorme na Saúde Pública, nos cuidados de saúde, na macroeconomia e na sociedade.

Nesse sentido, para surgir ou ressurgir uma doença infeciosa, são necessários fatores como alterações demográficas e ecológicas, aquecimento global, atitudes da população e negligenciar prioridades instituídas em saúde pública como, por exemplo, as vacinas. Além disso, também a globalização, a resistência a inseticidas/antibióticos e transformação e recombinação genética.

Desse modo, o controle de uma doença representa a convivência com certos níveis toleráveis de acometimento humano. Portanto, é fundamental a manutenção contínua de medidas de controle sobre os serviços de saúde, epidemiológicos ou clínicos, com o objetivo de surpreender precocemente riscos de retomo da doença, assim como avaliar o resultado das ações realizadas em seu combate, quanto às possíveis mudanças comportamentais dos agentes etiológicos.

Mudanças climáticas e ambientais, potabilidade das águas de uso e consumo humano e as DNTs

Não sei se você sabe: mas, de modo geral, os fatores hereditários, o modo de vida e a assistência à saúde e ao meio ambiente possuem grande influência sobre a saúde das pessoas.

Atualmente, são conhecidos mais de 250 agentes contaminantes ou patogênicos veiculados por alimentos e água que podem causar doenças. Por isso mesmo é que, ao longo dos anos 1980, cresceu a preocupação de pesquisadores ligados a questões ambientais com o impacto dessas doenças e as mudanças sobre ecossistemas.

Já na década de 1990, foram desenvolvidos modelos que permitiram, de um lado explicar a variabilidade de clima ocorrida ao longo do século e de outro lado, avaliar a contribuição de componentes naturais (vulcanismo, alterações da órbita da Terra, explosões solares, etc.) e antropogênicos (emissão de gases do efeito estufa, desmatamento e queimadas, destruição de ecossistemas, etc.) sobre estas variações.

Nesse sentido, as emissões de gases, a poluição e a ação antrópica são apenas alguns dos responsáveis não só pelas mudanças climáticas e/ou ambientais, mas, também têm contribuído para a reemergência de microrganismos. Dentre eles, citamos: os vírus e os protozoários oportunistas.

Como surgiram as doenças infecciosas?

A Organização Mundial de Saúde (1990), publicou o primeiro relatório global sobre as mudanças climáticas. Este processo de mudanças climáticas, principalmente aquelas devidas ao aquecimento global causado pela ação antrópica, foi pela primeira vez alertada na década de 1950.

De acordo com alguns estudos, a partir do momento em que o homem passou a viver em sociedade, iniciou-se o convívio, também, com os agentes infecciosos. Surgiram, assim, condições para assumir o papel de reservatório de microrganismos e parasitas. Nesse período, o homem fazia o manejo dos animais e utilizava a carne como alimento, o que facilitava a contaminação com esses agentes microscópicos.

Dessa forma, novos conhecimentos sobre os diferentes aspectos, como os biológicos, clínicos, sociais carecem de ser mais rapidamente produzidos, contribuindo para o combate a essas doenças, tanto no que diz respeito aos indivíduos doentes ou aqueles expostos, bem como, no que tange às coletividades e suas condições de vida.

Por isso, é consenso que a pobreza e a exclusão social estão relacionadas com tais doenças infecciosas e parasitárias. Estas se apresentam de maneira mais evidente na realidade sanitária dos países mais pobres. A negligência verificada no histórico de determinadas doenças, como as virais, e parasitárias e dentre elas os protozoários oportunistas, impacta diretamente nas condições sociais e econômicas de populações pobres e marginalizadas.

Assim, tais evidências exigem dos órgãos governamentais tomada de decisões e práticas desenvolvidas tanto pelo setor público quanto pelo setor privado no enfrentamento deste problema.

Doenças infeciosas e parasitárias: Considerações Finais

As doenças infeciosas e parasitárias, tanto doenças emergentes como reemergentes, têm um impacto enorme na Saúde Pública, nos cuidados de saúde, na macroeconomia e na sociedade.

Assim, as doenças infecciosas e parasitárias transmitidas por alimentos e meio ambiente são resultantes, predominantemente, do ciclo de contaminação fecal/oral. Hoje, no Brasil, são poucos os trabalhos que avaliam a contaminação do meio ambiente paciente e vice-versa. Um estudo realizado em 2007 reforça a importância do meio ambiente na transmissão das enteroparasitos. Ainda mais quando o parasito em seu ciclo de vida, necessita do solo para alterar sua forma de vida, se tornando infectante para o hospedeiro humano em ambientes favoráveis.

A disponibilidade de opções para controlar e prevenir o aparecimento ou reaparecimento e expansão de agentes patogénicos requer uma avaliação contínua.

Doenças parasitárias e infecciosas na saúde pública

Vale ressaltar que o laboratório de saúde pública precisa de atenção especial, para que seja possível a detecção das doenças infecciosas. Para isso, faz-se necessária a existência de uma rede de laboratórios, organizada de forma hierarquizada, com complexidade crescente, com equipamentos adequados, tecnologia de ponta, suprimento suficiente de insumos, profissionais qualificados e capacitados e capaz de garantir as condições necessárias de biossegurança e oferta de resultados de excelência.

O reforço da rede de serviços de vigilância epidemiológica é outra peça fundamental para garantia das condições de enfrentamento das doenças infecciosas e parasitárias.

Pelas características de sua formação social, política, econômica e cultural, por suas peculiaridades geográficas, climáticas e ecológicas, o Brasil reúne as condições necessárias para a emergência e reemergência de doenças infeciosas e parasitárias. Dessa forma, toda atenção será importante para as tomadas de decisão para que a população. Não sofra as consequências pela falta de zelo e comprometimento com a saúde pública.

Dr. Edson Sidião de Souza Júnior

Farmacêutico, Mestre e Doutor em Medicina Tropical e especialista em Gestão da Assistência Farmacêutica

Faculdade ITH

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