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Due Diligence: O Que É e Como Aplicar Faculdade ITH

Due Diligence: o que é e como aplicar

Caso você não saiba, a gente te conta: a due diligence tem sido uma peça-chave no ramo de transações e aquisições societárias. Apesar de ser uma prática ainda em desenvolvimento no atual mercado brasileiro, na maioria dos casos, associa-se às ações de auditoria.

Conforme especialistas da área, quando nos deparamos com o desafio de fazer uma due diligence na prática, é que realmente surgem os desafios deste campo. Nesse sentido, convém reforçar que, a depender da situação, os desafios se tornam maiores ainda, como no caso de um terceiro que está fora do país ou no caso de uma organização que tem que lidar com inúmeros fornecedores, por exemplo.

Portanto, as organizações devem adotar mecanismos de due diligence levando em consideração pontos importantes: o mercado em que atuam, o porte da organização e os recursos financeiros disponíveis. Cabe destacar, também, que relacionamentos com terceiros podem criar uma variedade de riscos para as empresas, incluindo exposição à corrupção, ameaças cibernéticas, impacto na marca, dentre outros.

Afinal, o que é due diligence?

Due diligence é uma expressão inglesa que, em português, significa diligência prévia. A due diligence denomina o procedimento de estudo e investigação de diferentes fatores de uma empresa, tendo como objetivo analisar possíveis riscos que a mesma possa trazer para os diferentes públicos interessados (compradores, investidores, fornecedores, parceiros de negócios e demais stakeholders).

Assim, due diligence pode ser entendida como uma espécie de auditoria – embora tenha implicações mais profundas que apenas uma auditoria – analisando aspectos financeiros, jurídicos, trabalhistas, contábeis, fiscais, ambientais e até tecnológicos da empresa.

Com a due diligence, procura-se compreender a empresa como um todo, analisando todos os fatores que a compõem e compreendendo como o negócio funciona em relação aos seus diferentes setores, podendo, assim, se ter uma noção real dos seus riscos, das suas oportunidades, do seu posicionamento e de seu valor de mercado.

E qual é a diferença entre due diligence e auditoria?

Para muitas pessoas, due diligence é sinônimo de auditoria. No entanto, as duas investigações não possuem o mesmo objetivo e nem usam dos mesmos princípios técnicos para serem realizadas, embora compartilhem alguns dos procedimentos.

A auditoria clássica, por assim dizer, tem a intenção de compreender se a contabilidade da empresa foi feita de forma correta, segundo a legislação e as demais normas.

Já a due diligence, por sua vez, tem como foco fazer uma análise dos números da empresa e verificar se esses números refletem a realidade econômica desta, entendendo sua posição no mercado, seu valor real e seus potenciais riscos.

Dessa forma, a due diligence tem um propósito bastante diferente do da auditoria, uma vez que procura compreender se as finanças da empresa refletem o seu verdadeiro potencial de mercado no presente e para o futuro.

Como aplicar então a due diligence?

De forma dinâmica, é preciso que este processo englobe:

  1. um time multidisciplinar (para que estejam aptos para compreender e interpretar informações diversificadas);
  1. busca por conhecimento do negócio e da área (todos os detalhes importam durante o mapeamento);
  2. levantamento e organização de documentos e informações (mineração de dados com os gestores e responsáveis por cada área analisada, com confidencialidade assegurada);
  3. apresentação dos resultados e desfecho (análise ampla do negócio com riscos envolvidos visando clareza para a tomada de decisão).

Nesse sentido, listamos, ainda, alguns princípios para organizações de qualquer porte e segmento:

1. A due diligence deve ser baseada no risco.

O risco da relação de uma organização com um fornecedor de parafusos é diferente da relação com um representante comercial ou um distribuidor que atua com licitações.

2. A due diligence deve fazer sentido.

Quanto maior o grau de exposição ao risco, mais aprofundada deve ser a análise. Assim, você deve priorizar a due diligence dos terceiros que forem considerados de alto risco e daqueles em que existe maior probabilidade dos riscos se materializarem, a partir das informações que você coletou na avaliação de risco.

3. Deve ser feita no momento oportuno.

O melhor momento é que sempre seja feito antes da contratação, pois aqui temos o caráter de prevenção. Contudo, se isso não for possível, sua organização pode – e deve – fazer em um momento posterior (detecção, resposta), pois é preciso levar em consideração que a grande maioria das organizações já mantém relações com terceiros.

4. Precisa ser contínua.

Muitas organizações e profissionais imaginam que a due diligence deve ser feita apenas uma única vez, no momento da contratação. Isso faz sentido se realmente sua organização for utilizar aquele terceiro uma única vez, mas se sua organização está firmando um contrato por 3 ou 5 anos, realmente não faz sentido. Portanto, não adianta fazer uma vez e nunca mais; a due diligence deve ser feita periodicamente enquanto durar a relação comercial, e o prazo pra isso vai depender do risco.

5. A due diligence precisa ser evidenciada.

Manter os registros da due diligence (questionários, formulários, pesquisas, entre outros) sempre será uma responsabilidade fundamental para a gestão do Programa de Compliance. De fato, a implementação de um processo eficaz de gerenciamento de documentos de due diligence é essencial para demonstrar que aquele terceiro foi aprovado para iniciar (ou manter) as relações comerciais com a organização. Importante também ressaltar que as exceções ao procedimento de due diligence devem ser devidamente documentadas e aprovadas.

Portanto, independente do porte e do mercado em que atua, a empresa deve realizar o processo de due diligence, pois pode receber penalizações por violações à FCPA (Foreign Corrupt Practices Act), por exemplo, envolvem terceiros ou foram praticadas por estes.

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ESG na Saúde: O Que Significa e Como Aplicar Faculdade ITH

ESG na saúde: o que significa e como aplicar

No setor da saúde, as práticas de ESG, ou seja, sustentáveis se mostram essenciais para a perenidade de qualquer organização, não é mesmo?!

Em síntese, a promoção da sustentabilidade empresarial se dá por meio de programas robustos de sustentabilidade e cidadania corporativa, que englobam ações como coleta seletiva, uso consciente de recursos, descarte correto de resíduos, economia e utilização de fontes limpas de energia elétrica, participação ativa em ações socias, direcionamento de doações às organizações da sociedade civil, entre outras.

Segundo estudos recentes de especialistas da área, as práticas de ESG na saúde fazem cada vez mais parte da agenda das empresas. Hospitais, operadoras e seguradoras da área, farmacêuticas e provedores de serviços têm adotado soluções com o objetivo de impactar positivamente o planeta e a vida de funcionários, clientes e sociedade como um todo.

ESG na saúde: o que significa ESG?

Meio ambiente, social e governança. É assim que se traduz do inglês a sigla ESG (Environmental, social and Governance). Essas três letras praticamente substituíram a palavra sustentabilidade no universo corporativo. Mas, afinal, do que se trata esse novo conceito?

O ESG surgiu no mercado financeiro como uma forma de medir o impacto que as ações de sustentabilidade geram nos resultados das empresas. Assim, a sigla surgiu a primeira vez em 2004, dentro de um grupo de trabalho do Principles for Responsible Investment (PRI), rede ligada à ONU que tem objetivo de convencer investidores sobre investimentos sustentáveis.

Desse modo, a palavra “sustentável”, do latim “sustentare”, significa sustentar, conservar, cuidar e defender. No dicionário, está definida como a habilidade, no sentido de capacidade, de sustentar ou suportar uma ou mais condições, exibida por algo ou alguém.

Portanto, sustentabilidade pode ser definida como a habilidade de utilização dos recursos naturais disponíveis de forma consciente, buscando o equilíbrio entre sua disponibilidade e exploração, prezando para que tanto a geração presente quanto as gerações futuras possam usufruir destes recursos disponibilizados pela natureza.

ESG no mundo

Como você deve imaginar, o tema sustentabilidade vem ganhando relevância em todo mundo, especialmente pela utilização inconsciente e irresponsável dos recursos naturais disponíveis, principalmente por parte de governos e empresas, o que tem afetado negativamente a vida humana em nosso Planeta, sendo extremamente urgente minimizar os impactos das ações humanos ao meio ambiente.

Assim, não há como se falar em sustentabilidade sem mencionar o Pacto Global, uma iniciativa proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU) que visa a estimular que empresas, voluntariamente, empreguem políticas de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade por meio de lideranças inovadoras e comprometidas com a temática.

Os dez princípios que norteiam as ações do Pacto Global são derivados da Declaração Universal de Direitos Humanos, da Declaração da Organização Internacional do Trabalho sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção, estando assim definidos:

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Fonte: https://www.facebook.com/pactoglobalbr/photos/afinal-o-que-s%C3%A3o-os-10-princ%C3%ADpios-do-pactoglobalo-pacto-global-advoga-dez-princ%C3%AD/1613141255388168/

As empresas que integram o Pacto Global também assumem o compromisso com o alcance da Agenda 2030. Esta agenda global de sustentabilidade, que se trata de um plano de ação global com 169 metas, foi aprovada em 2015 pelos 193 países-membros da ONU e possui pilares desmembrados em 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, os ODS, quais sejam:

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ESG na saúde no Brasil

Insta salientar que para alcançar o desenvolvimento sustentável no planeta é necessário envolvimento, comprometimento e ação de todos os setores (1º, 2º e 3º setor), bem como da sociedade de forma geral.

No entanto, importante evidenciar, ainda, que as políticas públicas fomentadas pelo Poder Público devem estar ancoradas no alcance dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, devendo este poder ser o expoente na implantação de medidas que visem ao cumprimento da agenda positiva definida pela ONU.

Em nosso país, podemos consagrar o desenvolvimento sustentável como princípio constitucional inafastável, vez que está presente tanto no texto constitucional quanto nos acordos internacionais assumidos pelo Brasil.

Cabe ressaltar que a integridade está essencialmente ligada ao desenvolvimento sustentável por diversas razões, já que a sustentabilidade busca equilibrar aquilo que é socialmente necessário, economicamente desejável e ecologicamente saudável (…) e deve ser analisada de forma holística, inclusive de acordo com os ditames da integridade.

A sustentabilidade pode ser dividida em 4 tipos

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Não podemos nos esquecer de que os recursos naturais, ao contrário do que se pensava anteriormente, são finitos, sendo essenciais à existência humana. Por isso, é dever de todos cuidar para que os recursos sejam utilizados de forma equilibrada e consciente, evitando o uso frenético e desregrado por parte do homem, promovendo, assim, o desenvolvimento sustentável de forma concomitante com o bem-estar de todos os seres que habitam este Planeta, caso contrário, iremos caminhar para extinção da raça humana.

Como aplicar então ESG na saúde?

Como exemplos de práticas sustentáveis podemos citar:

  • a reutilização da água para outras ações,
  • o armazenamento e utilização da água da chuva,
  • a economia no uso da água,
  • o uso sacolas e outros matérias biodegradáveis,
  • a separação do lixo reciclável do orgânico,
  • a redução do consumo de carne vermelha,
  • a utilização de fontes renováveis e limpas de energia,
  • a criação e/ou participação em programas de preservação da fauna e da flora,
  • o incentivo ao plantio de árvores,
  • a redução do consumo de plástico, não jogar lixo nas ruas ou nas águas (rios, lagos, mares e oceanos),
  • o investimento em saneamento básico,
  • a diminuição do uso de veículos automotores,
  • o uso bicicletas ou caminhada para locomoção, a preferência por biocombustível, entre outros.

ESG nos hospitais

Em março/2022, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) lançou a publicação “ESG nos hospitais Anahp: resultados e boas práticas”, que reúne 193 projetos descritos por 42 instituições associadas à entidade, de diferentes regiões do país. As iniciativas tratam de temas como consumo responsável, educação, saneamento, energia, combate à fome e às alterações climáticas, melhorias na qualidade do emprego e incentivo à inovação.

Somando-se a isto, internamente as organizações que compõem a área da saúde têm muito a ganhar com a incorporação de práticas sustentáveis em seus ambientes privados.

Por isso, vale mencionar que o não comprometimento de todas as organizações que compõem este setor importantíssimo prejudica a sustentabilidade de todos os envolvidos e interessados, podendo implicar todo o sistema de saúde.

ESG na saúde: saiba mais

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Referências

CASTRO, Rodrigo Pironti Aguirre de; ZILOTTO, Mirela Miró. Compliance nas contratações públicas. Belo Horizonte: Fórum, 2019, p.29-30. Objetivos para transformação do mundo. Disponível em:< https://nacoesunidas.org/pos2015/>

ESG na saúde começa a ser visto como pilar estratégico no setor. Disponível em: https://futurodasaude.com.br/esg-na-saude-comeca-a-ser-visto-como-pilar-estrategico-no-setor/

Laboratório de Sustentabilidade da USP. Disponível em: http://www.lassu.usp.br/sustentabilidade/conceituacao/#:~:text=A%20palavra%20%E2%80%9Csustent%C3%A1vel%E2%80%9D%20prov%C3%A9m%20do,exibida%20por%20algo%20ou%20algu%C3%A

O que é ESG, a sigla que virou sinônimo de sustentabilidade. Disponível em:

https://exame.com/esg/o-que-e-esg-a-sigla-que-virou-sinonimo-de-sustentabilidade/

Pacto Global da ONU. Disponível em: <https://www.pactoglobal.org.br/a-iniciativa>

Autoria

Faculdade ITH

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